quarta-feira, 25 de junho de 2008

Depressão

"A depressão é uma doença "do organismo como um todo", que compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento. A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas.
A Depressão é, portanto, uma doença afetiva ou do humor, não é simplesmente estar na "fossa" ou com "baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço..." (
PsiqWeb)

Quero logo esclarecer que não estou em depressão, não estou me sentindo pra baixo, não estou infeliz! Estou ótima! Mas esse é um assunto que vejo como pano de fundo em muitos blogs. A pessoa sempre parece estar perdida em uma tristeza que nem ela mesma sabe explicar. Muitas vezes a depressão é a causa do término de muitos blogs e a pessoa nem tem consciência disso, porque essa doença afeta toda a sua capacidade de discernimento, de enxergar o bom e o ruim, tudo lhe parece péssimo.

Há alguns anos atrás, longe o suficiente para me sentir recuperada dessa doença, eu sofri de uma depressão forte. Ela começou na minha adolescência e entrou pelo início da vida adulta.

Na adolescência eu era acometida de umas fases de tristeza intensa em que tudo parecia sem cor, sem vida, sem rumo. Nada que acontecesse, ou fizesse me tirava daquele estado de desânimo que só me fazia chorar, me lamentar e querer morrer. Por sempre ter sido assim, achava que as outras pessoas também passavam por isso, que a vida era assim, que eu precisava aceitar aquelas longas fases de tristeza absurda, para depois vir uma fase de alegria relativa.

No início da idade adulta, essa depressão começou a influenciar todos os empregos que arrumava, uns eu perdi por conta dela e outros mal conseguia levar. A vida era um peso que eu aliviava bebendo, sempre bebendo muito, o que piorava o quadro de depressão. Meus namoros eram curtos e conturbados. Muitas vezes chegava ao trabalho, olhava o que tinha pra fazer, entrava no banheiro, sentava no chão, chorava, chorava e chorava. Nos finais de semana em que não estava bebendo, estava sentada numa cadeira olhando a TV e chorando.

É claro que minha vida não era direto assim, a doença depressão te dá uns períodos de trégua, em que você se sente bem disposta e otimista. A doença te "engana" fazendo você pensar que está melhor, que não precisa de tratamento , para logo em seguida cair numa nova crise. E é por causa desses períodos de bem-estar que o deprimido se recusa a achar que está doente.


Um dia, após ver uma reportagem sobre depressão, decidi finalmente procurar ajuda médica, um psiquiatra, que me receitou antidepressivos. Rapidamente me vi livre daqueles sucessivos quadros de tristeza profunda, mas era só parar a medicação que tudo voltava e nesse ritmo o tratamento durou quatro anos. Um dia finalmente, depois de levar o tratamento a sério, me vi livre daquelas crises longas e sucessivas de depressão. Hoje em dia continuo sendo uma insana desequilibrada... ehehehe... Mas pelo menos minhas depressões são raras e quando surgem, duram 1 ou 2 dias.

Tomei a iniciativa de expor a minha experiência para que outras pessoas que se sintam assim, não tenham "pudores" em procurar um especialista. Essa coisa de que psiquiatra é médico de maluco, é do início do século passado! O mundo evoluiu! Dê continuidade ao seu tratamento para que ele possa te livrar desse mal que mina todos os seus relacionamentos e empregos. Você perde tudo por causa da depressão. Essa doença tem um fator genético envolvido, perceba se outros parentes próximos têm os mesmos sintomas.

E pra finalizar quero afirmar que depressão é doença, não é frescura de gente fraca! Esse é um outro preconceito terrível que impede que o deprimido procure ajuda profissional.

É isso...

domingo, 22 de junho de 2008

Co-dependência

"A co-dependência é um termo trazido da sociologia por Giddens (1993) ao observar relações em que uma pessoa necessita que a outra precise de seus cuidados. Assim, a pessoa que cuida julga ter a necessidade constante de cuidar do outro, tornando-se assim, dependente daquele de quem se cuida. Neste tipo de relação a dependência mútua não permite o desenvolvimento da autonomia em ambas as partes".

Dia desses tava lendo uns blogs como sempre faço, passei por esse
post no blog Em Construção e depois de ler o texto acima, minha cabeça deu uma pirada! Rodei duas vezes no ar, caí desmaiada e quando acordei, não parei de pensar no assunto... Exageros à parte, eu só não consegui parar de pensar no assunto... rs

Saí pesquisando o tema pela net e achei, no Google, tantos textos bons a respeito, que queria copiar todos e colar aqui, mas tive que desistir sob pena do post virar um livro... rs... Escolhi então só esse pedaço que segue:


"Você se sente diferente das outras pessoas? Desconfortável com elogios? Tem grandes dificuldades para aceitar críticas? Sente-se sozinho ou vazio quando não está com outras pessoas? Critica-se de forma exagerada quando erra? Sente dificuldades para expressar sentimentos? Só aceita ajuda em último caso? Tem medo de perder o controle? Sente-se melhor quando resolve os problemas de outras pessoas? Tem dificuldades para colocar limites ou dizer "Não"? Acredita que se pudesse mudar os outros, sua vida melhoraria?

Estes sintomas não são aleatórios, mas fazem parte de um transtorno emocional chamado de co-dependência, que vem contaminando, em diferentes níveis, todos aqueles que vivem em nossa sociedade. De forma sintética, a co-dependência é a doença da perda da alma ou de nossa verdadeira identidade. É uma maneira de sobreviver a situações dramáticas e crescer em ambientes inseguros e dolorosos." (
Roberto Ziemer)

Tenho uma amiga que é o típico quadro de co-dependência. O pai é alcoólatra e não existe sentimento definido entre eles, é algo tão confuso que não consigo identificar, mas essa relação doentia de necessidade mútua se desenvolveu de uma maneira forte. Eu por muitas vezes quis interferir, mas não é algo que alguém de fora consiga, exceto um terapeuta.

Existem outros lados da co-dependência que não só essa relação com a pessoa viciada, doente e tal. Fiquei pensando no tanto que já fui assim na minha vida, de como isso foi uma verdade para mim quando morava na casa dos meus pais. Eu achava que minha mãe dependia de mim e ao mesmo tempo ela achava que eu dependia dela. Um dia eu percebi que minha vida já era independente da minha mãe há muito tempo, eu só tinha a ilusão que uma dependia da outra.

Acho mesmo que nos meus relacionamentos amorosos isso aconteceu muito. Eu queria acreditar que os caras que estavam comigo, dependiam de mim de alguma forma e pensando assim eu não sofria do medo de perdê-los. Gente! É uma parada tão doentia que olhando meu passado vejo o quanto sabotei meus relacionamentos e minha própria vida. Que coisa tosca enxergar isso agora com tamanha clareza! E pior, ou melhor que isso, sentir ter saído desse ciclo vicioso, sem mesmo ter tido noção do que se passava. Olha que loucura! A gente ter capacidade de sair de situações meio que instintivamente.

De qualquer forma isso me fez parar para analisar todos meu atuais relacionamentos e vejo que ainda reside uma certa tendência para esse tipo de comportamento. Mas agora que sei como a coisa toda se processa fica mais fácil neutralizar.

Acho que isso se manifesta principalmente com seu parceiro ou parceira. Quantos mecanismos criamos para prender a pessoa ao seu lado de uma forma dependente? Caramba! Isso fica assustadoramente claro na minha mente. A mulher que torna o marido dependente de seus cuidados e atenção, enquanto o marido a torna dependente financeiramente. São inúmeras as formas sutis de co-dependência, que podem progredir para um quadro realmente patológico.

É certo que acho que melhorei muito, mas muito ainda tenho que me vigiar nesse sentido. Sempre...

E você? Já passou por isso?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Eu tenho direito a uma opinião!

Todos nós temos nossos traumas, experiência ruins que não conseguimos "digerir". Mas tem gente que verdadeiramente tira sua paciência. Sabe aquela pessoa que tudo que você diz tem que ser entendido de uma forma pesada?! Pessoas que não conseguem relaxar, porque a vida delas já se tornou o trauma?!

Na vida nós encontramos gente assim, que todas as nossas opiniões têm sempre o objetivo de ferí-la. São pessoas que não sabem rir de um texto, de uma brincadeira, da vida. Não conseguem ver o lado engraçado de nada, tudo tem um tom sóbrio! Para mim não tem nada mais cansativo do que ter que lidar com gente assim!

Aí vem sempre um advogado do diabo defender essas criaturas dizendo que são pessoas sofridas, que devem ter passado por coisas ruins. Fala sério, gente! Quem não passou na sua vida por situações chatas/traumáticas??! Às vezes episódios inconfensáveis, mas que mesmo assim você deixa guardadinho dentro de você! Ninguém tem culpa se teus pais fodem com sua vida não te aceitam, se o seu emprego tá uma merda chatice, ou se não consegue trepar namorado(a)! O mundo não é obrigado a agüentar suas frustrações! Definitivamente não é! Ninguém tem que suportar seus desaforos porque você é uma pessoa que tá mal consigo mesma!

Em blog isso se manifesta de uma forma curiosa. As pessoas se aborrecem com algo que simplesmente você não escreveu! E isso me intriga! Vocês já repararam que umas pessoas dão gargalhadas e acham um texto seu divertido, enquanto outras praticamente se ofendem com o mesmo texto? Discordar de uma idéia todos têm direito, contestar, debater tanto em blogs quanto no dia-a-dia é saudável, mas tomar a opinião do outro como ofensa pessoal é que vira um grande problema. Afinal, eu tenho direito de ter uma opinião!! De tanto analisar, cheguei a conclusão que têm pessoas que vêem cabelo em ovo, chifre em cabeça de cavalo, verde em vermelho, porque estão sempre "armadas", achando que todos estão remexendo nos seus problemas mal resolvidos.

Já estou até preparada para esse post! Porque sei é possível que digam que o escrevi por causa disso ou daquilo, que foi para essa ou aquela pessoa. Não foi não, gente!!! Eu só acho que as pessoas deveriam guardar um pouco suas más experiências para serem resolvidas por elas mesmas e não atirar isso como pedras em cima dos outros!

Podem achar que estou me sentindo a pessoa mais bem resolvida da face da terra! Não tô nããããão!! Sei de todos os meus traumas, chatices, dos meus problemas de relacionamento. Tá bom! Tem uma ou outra neura que ainda não tenho consciência, mas sinceramente eu procuro respeitar as pessoas, tanto quando comento em blogs, quando lido pessoalmente. Tento não esquecer, que só devo colocar minhas frustrações no colo de quem tem algo a ver com aquilo! Os "inocentes" precisam ficar de fora, é uma questão de respeito pelo indivíduo!

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Pra dar uma relaxada e mostrar que sou norrrrrrmal, vou fazer uma listinha dessas que corre pela internet, que vi no blog da
Nathália.

10 coisas bizarras sobre mim, que de tão bizarra que sou, se transformaram em 12:

1- Rir nos momentos mais impróprios, gargalhar de quase perder o fôlego de algo que ninguém jamais iria rir! E não rir de programas que a maioria acha engraçado! Doida!

2- Dançar pelada para meu namorado antes de tomar banho quase todo dia, digo que é para esquentar, mas até no verão faço isso!

3- Fazer cenas dramáticas do nada para chamar a atenção do meu namorado. Claro que ele já me conhece e no final a gente morre de rir!

4- Prender o cabelo com vários elásticos antes de dormir, pareço uma boneca de pano, com aqueles troços coloridos na cabeça!

5 - Lavar o cabelo, pentear e só passar a mão nele depois de seco. Acho que isso é que faz ele ficar arrumado.

6 - Geralmente só uso sutiã em casa, tiro para sair, porque todas as minhas blusas são compradas para serem usadas sem sutiã.

7 - Ficar um tempão olhando o monitor do PC, só para pensar na vida.

8 - Gosto sempre de mudar o lugar onde sento (sofá, restaurante), pois isso me faz pensar que estou quebrando a rotina.

9 - Escutar 500.000 a mesma lista de músicas velhas de vários estilos que ninguém aguenta mais, só eu mesma!

10 - Beber refrigerante quente! Até no verão!

11 - Quando estou entediada ou aborrecida fico repetindo pra mim mesma, baixinho: "- Aí que vontade de sair correndo e não voltar mais!"

12 - Fazer prrrrrrriiiiiiii com a boca na hora que acordo com a finalidade de limpar as cordas vocais. Meu namorado acha um charme! (mentira)

Alguém quer casar comigo? ahahahah

domingo, 15 de junho de 2008

Necessidade de aceitação...

Todos temos, os revoltados, os tímidos, os entusiasmados, os felizes, os atrevidos, os temperamentais, os suicidas, todos temos necessidade de sermos aceitos, seja pela sua família, pelo ser amado, pela sociedade ou somente por suas idéias. Importante ressaltar que usei necessidade de aceitação, ao invés de necessidade de ser amado, porque jamais gostaremos ou nos entregaremos a algo ou a alguém que rejeitamos.

O que somos capazes de fazer para sermos aceitos? Quase tudo, ou tudo, dependendo da pessoa em questão. Essa necessidade de aceitação é que leva as pessoas buscarem deseperadamente serem famosos, por exemplo. Vocês já perceberam a quantidade de gente que precisa aparecer a qualquer custo? Existe a ilusão de que quanto mais gente gostar de você, ou te notar, mais amado e aceito será, o que nem sempre corresponde à realidade.

Por muito tempo na minha vida esperei uma aceitação da sociedade que nunca veio. Esperava que as pessoas entendessem minhas estranhezas na forma de enxergar o mundo, na forma de sentir os relacionamentos e isso me causava uma imensa frustração. Porque o mundo não funciona para aceitar individualidades, mas sim um todo massificado e triturado pela mesmice. Nessa minha ânsia, eu me rebelava e acabava chocando as pessoas com atitudes agressivas. Hoje em dia percebo que não era o mundo que precisava me aceitar, eu precisava achar um modo de expor a minha individualidade sem esperar sempre uma resposta postiva por parte das pessoas. Tenho feito progressos... rs

Mais difícil ainda é a necessidade que temos de nos aceitar como nós somos fisicamente, psicologicamente, moralmente, sexualmente. Acho que nisso reside a chave para toda a aceitação necessária, visto que o mundo não pode mudar, então se trabalharmos a visão que temos de nós mesmos, se existir uma aceitação interna do nosso verdadeiro eu, tudo será refletido no exterior, o contrário não ocorre do mesmo jeito. Mesmo sabendo que a aceitação interna é a mais importante e a que resolve questões, buscamos aceitação externa porque é a mais fácil, vem pronta, não dá trabalho e também é como uma analgésico que você toma para passar a dor, mas não resolve a doença.

Devo abrir um parêntese para confessar que já vendi minha alma ao diabo, para ter a aceitação dos homens. Queria ser amada por eles, desejada por eles. Fazia qualquer coisa, me transformava em qualquer mulher para agradar um homem que eu acreditasse ser "O Cara". Sabe o que ganhei? Desrespeito, sofrimento, perda da auto-estima, solidão.

Pode parecer piegas isso, mas somente no momento que passei a olhar mais para mim, a me valorizar, a ver que eu não era um indivíduo pela metade que necessitava de outra metade, mas uma mulher inteira, completa, suficiente para mim mesma, foi que os meus relacionamentos começaram a melhorar, a ter mais qualidade, mais compromisso. Posso dizer sem sombra de dúvidas que me sinto bem mais feliz hoje em dia. E vocês acham que a minha vida mudou muito? Não, nem tanto, mas eu mudei, deixei de esperar desesperadamente a aceitação externa, agora espero só o suficiente... eheh.

Por isso sou contra o romantismo idealizado que prega que você precisa achar sua outra metade, alma gêmea, ou coisas do gênero. Gente! Pelamordedeus! Não to dizendo que sou contra romances, amor, paixão gosto de viver tudo isso! Apenas não devemos pensar que é indispensável um outro ser humano do seu lado, mesmo que seja um traste, para que se sinta completo. É bom namorar, casar, viver uma grande paixão? É sim, mas isso não é tudo que se pode ter da vida.

Credo! Esses três últimos parágrafos estão parecendo capítulos de livro de auto ajuda do tipo: "Seja um solitário feliz"... ahahah... Não encarem assim, gente! É que precisava dividir minha experiência e opinião nessa área... rs

Como anda a sua necessidade de aceitação? E sua auto-aceitação?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Máscaras...

Possuímos coleções de caras
São tantas que às vezes
Não sabemos qual a que nos representa
Se até a da carteira de identidade
É ensaiada para convencer
O sistema que a nossa cara
É aquela colhida pela fotografia
A cara da rua protege a nudez
Da personalidade diante da caretice
Cotidiana
A cara da casa é descarada
Não há cara
Apenas um rosto em busca
De sua expressão verdadeira

(BAILE DE MÁSCARAS - do talentoso e querido ANGELO ALFONSIN)

Esse post fala de máscaras, mas não aquelas que utilizamos no carnaval, mas as máscaras que usamos no dia-a-dia. Invisíveis aos olhos, mas percebidas pelo sentimento. Necessárias para que possamos interagir sem tantos atritos.

Quantas máscaras nós temos? Alguns podem dizer que têm muitas, outros poucas e alguns somente uma. Eu diria que quanto mais máscaras um ser humano tem, mais rico de possibilidades ele pode ser. Pessoas com poucas ou uma máscara geralmente são rígidas na sua forma de pensar e agir!

Eu posso dizer que tenho várias. Aquela que utilizo no meu trabalho, para que meu modo de pensar um tanto diferente não choque aquelas pessoas bastante conservadoras. Tenho a máscara das reuniões sociais, geralmente ela é tão mais pesada quanto mais chato é o encontro. Diria mesmo que desenvolvi uma personagem através da qual me expresso de maneira que as pessoas não percebam meu tédio por estar naquele lugar. Enfim, tenho minhas máscaras para serem utilizadas sempre que o meu íntimo esteja sem sintonia com o exterior.

É importante ressaltar que as máscaras não devem ser usadas para esconder você do mundo. O ideal é que elas ajam como um filtro em que possa mostrar alguns nuances da sua personalidade e suprimir outros. No entanto, a maior utilização das máscaras é realmente para camuflar totalmente o que você acha que é ruim e mostrar apenas o que você acredita ser o correto, o aceitável, o "normal".

No nosso cotidiano encontramos várias pessoas, não filtrando, mas absolutamente escondidas atrás de suas máscaras. E essas pessoas geralmente provocam tédio e repulsa, porque se tornam seres absolutamente hipócritas e medrosos, aprisionados em seu mundo interior.

Na internet a utilização dessas máscaras fica extremamente fácil, tão fácil que normalmente os hipócritas, com problemas de auto aceitação, recorrem a apelidos e personalidades criadas, para expor um ser humano que absolutamente só existe em suas fantasias. Eu morro de medo que isso aconteça comigo, já que uso o apelido/máscara de Dama de Cinzas. Meu namorado está sempre lendo meus posts e frequentemente estou perguntando a ele se o que escrevo está distante do que sou. Essa é uma neura que tenho ao escrever. Ainda bem que a resposta dele me acalma, sou muito crítica para não deixar a Dama de Cinzas virar um ser com vida e pensamentos próprios, quero que ela seja apenas um canal por onde expresso minhas opiniões.

Interessante é que quando a gente lê um texto que tem verdade em suas linhas, em que a pessoa não fantasiou, "viajou", se escondeu, a gente percebe rapidamente e causa empatia. Nos blogs que leio e nas pessoas que me comentam, sinto isso claramente. Tanto que algumas pessoas vão se tornando íntimas da noite para o dia, sem você nunca ter tido um contato visual ou auditivo com aquela pessoa. São sutilezas que só o sentimento consegue captar. Eu poderia citar essas pessoas aqui mas tenho certeza que elas irão se reconhecer nesse parágrafo.

Tristeza é você deixar suas máscaras ficarem tão pesadas e tão grudadas na sua face que já não consiga mais tirá-las ou diferenciá-las do seu rosto.

Como estão suas máscaras? Você tem cuidado para que elas tenham aberturas o suficiente para que as pessoas te vejam?


OBS: Gente, eu tenho recebido vários selos/homenagem para meu blog. O último foi da Nathália, que por sinal já é o segundo que ela me presenteia, e tantos outros leitores do meu blog já me deram e eu fico verdadeiramente agradecida a todos vcs que me oferecem esse símbolo com tanto carinho! Só peço desculpa porque tenho um certo bloqueio para fazer posts desse tipo, fico com medo de esquecer alguém importante. Então prefiro dar em retribuição a minha atenção e carinho, visitando e comentando seus posts.

sábado, 7 de junho de 2008

O que te incomoda e o que te agrada?

Lendo um post muito bom no blog da Dayane, resolvi fazer um meme. Sim, gente, porque meme é isso, você gosta de uma idéia, de um texto, faz referência a ele e desenvolve o assunto abordado. Memes não são essas correntes de perguntas que rodam pela net!

Bem resolvi colocar três características femininas e masculinas que facilitam e três que dificultam dentro do relacionamento amoroso. Deixando bem claro que é uma opinião particular, cada um tem a sua, claro... rs:

O que me agrada nos homens:


- A objetividade, com os homens as coisas são bem definidas, para eles seguir a vida juntos, sem ficar enontrando pêlo em ovo, é o ideal.

- Homens são mais decidido, tomam logo uma decisão mesmo que seja a errada, isso porque a sociedade cobra deles uma força, que nem sempre têm, mas que precisam demonstrar.

- A simplicidade de pensamento. A mente masculina não é complexa como a feminina, o que para mim é algo extremamente confortável.


O que me desagrada nos homens:


- Gostar de futebol... Affe... 9 entre cada 10 homens gastam grande parte da sua vida se dedicando a esse esporte. Às vezes vira uma paixão tão grande que aborrece o resto da família. Como meu pai que me obrigava a ir quase todo domingo ao Maracanã ver jogos que eu odiava. E por isso fiquei avessa à futebol. Temos que admitir que um número cada vez maior de mulheres também estão aderindo a essa paixão, mas os homens ganham disparado nesse quesito!

- Odiar discutir a relação. Gente, todos os homens que me relacionei e não foram poucos, detestavam discutir a relação. Meu atual namorado chega a perder a fome se eu digo que vai ter uma DR (Discussão do Relacionamento). Até já li alguns artigos que explicam isso, mas para mim ainda é uma incógnita!

- Achar que temos que continuar fazendo o papel de dona do lar, lavando, passando, cozinhando. Caracaaaa! Têm mulheres que sustentam a casa e quando chegam à noite vão cozinhar, arrumar a casa. Parece que está gravado no inconsciente coletivo que mulher é a responsável pela casa e em muitos casos não deveria ser mais assim. Ainda bem que têm uns caras que ajudam a mulher, mas vejam bem, eles ajudam, a responsabilidade é da mulher... Affe!

O que me agrada nas mulheres:


- Senso prático. A maioria das mulheres que conheço tomam a frente do relacionamento nas coisas práticas. Tudo fica meio que na mão dela para resolver. Acho que o termo mais adequado seria mais ou menos uma administradora do cotidiano... rs

- Dizer o que a incomoda. Mulher tende a falar mais de si, se abrir mais, acho que o homem consegue perceber mais o que ela tá sentindo e como ela tá reagindo diante dos problemas.

- A mulher é mais aberta às mudanças, se adapta melhor tanto ao que se transforma externamente quando internamente, até porque ela aceita mais suas fraquezas.

O que me desagrada nas mulheres:


- Essa mania que mulher tem de querer que o homem advinhe seus sentimentos. Ao mesmo tempo que ela fala muito do que sente, ela meio que camufla o que mais está incomodando e fica dando sinais para que os homens, coitados, tentem matar a charada! Por que não fala o que quer diretamente? Eu sou meio homem nesse sentido, procuro dizer claramente o que me incomoda e o que agrada.

- Tendência a ser fazer de vítima. Nossa! Mulher adora se fazer de coitada, de vítima, mesmo quando ela é o verdadeito algoz. É uma característica bem feminina, já que ela pode demonstrar mais fraqueza, a sociedade a libera mais, então ela abusa desse direito e deve ser uma chatice para os homens aguentar isso!

- Instabilidade de humor. Todos nós temos nossas instabilidades de humor, mas parece que a mulher foi um ser programado pela natureza para ter o humor instável, já começa com os hormônios que sobem e descem no mês, culminando na TPM, cólicas menstruais e todo o resto. É raro uma mulher que tenha um humor estável!

Olha... a lista pode ficar enorme, cada pessoa sente o relacionamento de uma maneira e características diversas vão incomodar ou agradar.

Eu convido vocês a citarem uma "qualidade" ou "defeito" do homem ou da mulher que te incomoda ou te agrada!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Posts chatos...

Leio muito blogs por dia. Tenho uma grande lista na qual só adiciono os que realmente me dão tesão de ler. Tá bom, confesso que tenho um lista de preferidos e dos menos preferidos, se é que podemos colocar assim... eheheh... De qualquer maneira, todos que estão ali é porque eu selecionei e sei que em alguns dias vão ter posts chatinhos, que eu vou "passar por cima", mas o normal é que sempre tenham posts legais a serem comentados.

Os posts que mais me chamam a atenção são os que falam sobre temas existenciais, dos problemas que nos afligem; posts com humor ácido que contam, às vezes, uma bobagem mas que te faz morrer de rir, senso de humor é um talento na hora de escrever; posts que transparecem sinceridade, sem parecer piegas; posts informativos, que contam uma história, um fato desconhecido pela maioria; posts que transformam um sentimento em reflexão profunda. Enfim, gente! Têm vários tipos de posts que eu amo ler!

No entanto tem dia que é brabo! Não vou enganar vocês e não me excluo disso, até porque muitos devem passar por aqui e achar esse blog uma merda meio chato. Mas têm dias que eu só encontro posts chatos, ainda bem que ultimamente o pessoal tem postado lances bem interessantes:

Eu fiz uma listinha de posts chatos difíceis de comentar:

Post dor de corno - Aquele que a pessoa chora todas as mágoas do amor perdido. Vc não sabe qual é a história e fica boiando!

Post "eu preciso de nota pra passar" - Aquele que a pessoa reclama de como tem estudado pras provas da faculdade ou colégio, de como tem se saído e cada detalhe de cada prova.

Post "vou mandar um recado" - A pessoa fala de um assunto particular para alguém que lê o blog dela e o resto fica sem saber do que ela tá falando. Que tal um email?

Post testosterona - Aquele post que o cara se masturba nas linhas do texto.

Post família - Aquele que a pessoa diz o quanto ama a vó, o vô, tia, a vizinha, a mãe, o irmão, o cachorro, o papagaio.

Post novela das seis - Aquele que vc descreve todo seu amor, toda a sua paixão e ternura pelo ser amado.

Post Lula - Aquele que vc mete o malho no Lula e todos os atos do seu governo!

Post churrasco na laje - Aquele que a pessoa põe um monte de foto do churrasco, da festa do aniversário, do funeral da mãe e fica agradecendo mil coisas e contando como foi o evento!

Post diário de adolescente - Aquele que vc diz como foi o seu dia, desde a escovação dos dentes e sentar no vaso, até que tipo de filme viu na tv antes de dormir.

Post "eu me perdi" - Aquele que vc começa falando sobre sua mãe e acaba reclamando da política internacional, passando pelo rodízio de pizza e a doação pra Suipa!

Post dama de cinzas - Aquele que vive reclamando de tudo, inclusive sobre o que os outros fazem com seus blogs... ahahah

Todo nós temos direito a postar algo na linha acima citada, alías, todos temos direito a postar qualquer coisa, mas quando isso se torna constante, realmente o blog vai ficando sem graça e cansativo
. Pelo menos é o que acha essa leitora aqui, que não é dona da verdade, mas adora ler blogs!


OBS.: Já que vão mesmo me acusar de enxerida, intrometida, "se mete com a tua vida" e afins, aqui vai uma dica para quem quiser tirar aquelas malditas letras de confirmação de comentário e proponho uma corrente para quem quiser colocar o mesmo no seu blog:

- Entre na área "Configurações" do Blogger, depois clique em "Comentários", depois role a tela e procure "Exibir uma confirmação de palavras para os comentários", marque NÃO e salve.