domingo, 25 de agosto de 2013

Na Moral - Transgêneros

Ando muito sem assuntos para posts, meio sem vontade de escrever, de interagir de uma forma geral. Acho que ando pensativa com questões difíceis de enfrentar e que estive em contato recentemente. Enfim, fases que todos nós temos.

Mas não poderia deixar passar o programa Na Moral dessa semana que foi sobre transgêneros, não só sobre transexualidade mas a maior parte do programa foi sobre questões transexuais. Achei fantástico! Sinto que aos poucos a transexualidade começa a ter visibilidade, coisa que a homossexualidade já conquistou faz tempo. E visibilidade é tudo, com ela vem o esclarecimento, o conhecimento da questão, a quebra dos mitos e tabus. Espero que essa onda continue. 

Para quem se interessar mais um programa que vale a pena ver:


domingo, 18 de agosto de 2013

As aparências enganam...

Sou fã da Marília Gabriela, assisto a quase todos os programas de entrevista dela, tanto o da GNT, quanto os do SBT. E tenho visto muitas pessoas interessantes passar por lá. 

Essa semana que passou, vi que ela iria entrevistar o terapeuta Klecius Borges, especializado em atender homossexuais e bissexuais. Nunca tinha ouvido falar do sujeito. Quando mostrou a imagem dele, não sei dizer ao certo, mas identifiquei algo de gay nele, mesmo sem ter dito uma palavra. Notei que era um cara feio, baixinho e, antes de abrir a boca, até sem graça. No entanto. quando começou a falar me apaixonei imediatamente. Não senti a entrevista passar de tanto que achei fantástica as conclusões e análises do cara. Enfim, não existe nada melhor, que me dê mais tesão do que uma mente brilhante e o vice-versa também acaba com meu tesão. Pode ser o homem mais lindo, que sem conteúdo a coisa não evolui. E isso vale para mulheres também,  na verdade o que importa no final é o que a pessoa te traz como ser humano.

Bem, o post de hoje vai ser isso. A entrevista do Klecius, obviamente para quem quiser ver:


domingo, 11 de agosto de 2013

Quase não sinto saudade...


Saudade é um sentimento estranho para mim. As pessoas que estão na minha idade são quase todas saudosistas e outras bem mais jovem são bastante. Sou uma pessoa quase desprovida de saudade. Acho até que sou meio "anormal" nesse sentido, porque além de quase não sentir falta do que passou ou de pessoas, tenho uma mega implicância com gente saudosista.

Sei que muita gente vai terminar de ler esse post me achando a pessoa mais seca e amarga que conhecem (vai ver até que tem razão... rs) . No entanto podem me acusar de tudo, menos de ser hipócrita e dizer coisas que não sinto. Cada vez mais me recuso a dizer o que não estou sentindo e saudade é uma delas.

Se tem uma coisa que realmente me irrita é esse povo que vive falando "na minha época isso...", "no meu tempo aquilo...". Meu tempo é hoje, aqui e agora! Sou muito mais de pensar no futuro que é algo que posso modificar com as minha ações atuais, do que viver grudada no passado. Esse só me me serve mesmo de referência para não voltar a cometer certos erros.

Agora o mais preocupante em mim é o fato de ser raro sentir saudade de alguém. Ultimamente tive fazendo uma análise da última pessoa que senti falta e cheguei a conclusão que foi uma amiga do trabalho, quando ela estava de férias em junho. Senti saudade dela, porque é alguém com quem divido muito de mim, ela tem o meu jeito de ver o mundo e a vida. Fora essa amiga, não consigo me lembrar de outra pessoa que tenha sentido saudade, vamos dizer, nos últimos seis meses. Isso seria preocupante, só não é, porque não me traz sofrimento e se não sofro com isso, não é um problema a ser resolvido. Mas me intriga ser assim. Talvez a vida tenha me ensinado a viver sozinha e me acostumei com isso.

Não quer dizer que não goste das pessoas, ou que não pense nelas, só não sinto essa necessidade urgente que a maioria tem de estar em contato, ver, conversar. Eu me contento em saber que a pessoa existe, que se a gente se encontrar vai ser bom e que se a gente não se encontrar é porque não deu. É mais ou menos assim que funciona na minha mente, que alias, é super prática e nada romântica.

Fico pensando se o fato de quase não lembrar do que passou tem a ver com o fato de querer esquecer meu passado masculino. Pode ser e pode não ser, não cheguei a nenhuma conclusão nesse sentido, mas de alguma forma isso pesou. No entanto, nunca fui de olhar para o passado, nem mesmo quando vivia num corpo masculino. Então acho que o que pesa mais é o fato de ser assim  em essência.

De épocas vividas, essas então quase nem me lembro. E olha que não foi por falta de emoções. Minha vida é meio paradona hoje em dia, mas já tive fases enormes de vida muito intensa, com muitos acontecimentos, muitas alegrias e tristezas, um campo ótimo para se instalar o saudosismo. Mas raramente lembro do passado. E das pessoas que ficaram lá, muito menos. Tem um cara que gostaria que ele reaparecesse na minha vida. Foi uma paixão muito forte. Dele, uma vez ou outra, lembro com uma certa saudade. Acho que esse é o único do passado. E talvez goste de me  recordar dele e sentir um pouco de saudade, faz com que me sinta humana, fazendo parte de... rs.

Sinto falta da época que minha voz funcionava melhor, mas até nisso a coisa não vem acompanhado do sentimento saudade, mas do arrependimento por ter feito a cirurgia. Acho que quando sinto falta de algo é porque me arrependo de não ter tomado outro caminho. 

Hoje é Dia dos Pais e minha relação com meu pai sempre foi complicada. Devo dizer que não sinto saudade nenhuma do meu pai, nunca tive, não sinto falta da figura paterna,  nunca tive vontade que ter tido outro pai, enfim, não sinto falta desse laço, simplesmente não sinto nada. Sei que dizendo isso aqui muita gente vai torcer o nariz, mas na real, é o que sinto. Admiro demais quem tem relações gratificantes com seus pais, me emociona ver. Relações familiares legais me tocam, acho bonito, mas como a interação com a minha família sempre foi angustiante, simplesmente deletei.

Agora saudade do que não vivi sinto sempre... rs. Na verdade é um sentimento que parece saudade, mas não é. Fica meio como uma nostalgia de algo que poderia ter sido e não foi. 

domingo, 4 de agosto de 2013

Sobre discurtir o relacionamento...



Quem nunca teve uma DR, a famosa discussão da relação? Uns até curtem isso, procuram motivos para ficar infinitamente debatendo os problemas entre o casal. Já outros como eu, detestam, só fazem porque realmente é necessário. Afinal, quando se desiste de discutir a relação e o relacionamento vai muito mal, é sinal que está com os dias contados para o fim.

Tive muitos relacionamentos durante a minha vida e morei com dois homens (não ao mesmo tempo, claro...rs) e morando junto é quase inevitável passar por DRs. Geralmente são as mulheres que tomam a iniciativa desse tipo de conversa, mesmo que existam alguns poucos homens que adorem DR. Conheço alguns e os acho uns chatos. Acho que é meio do espírito feminino ficar buscando entender o relacionamento. O homem no geral, se estiver com seus requisitos básicos satisfeitos, seguem sem se perguntar muito. Claro que estou dizendo que em regra é assim, mas óbvio que está cheio de exceções, como eu e as que conheço.

Com os dois companheiros que vivi, quando tinha que ter uma DR, era algo que eu "ruminava" durante um tempo, procurando soluções para não chegar ao ponto de ter esse tipo de enfrentamento. E normalmente chegava para o parceiro e marcava um dia, geralmente um sábado, em que a gente pudesse sentar e tomar umas cervejas para que a coisa ficasse menos pesada. Simplesmente odeio DRs, mas não tem como evitá-las. Ainda bem que de todos os meus relacionamentos só um amava DR e a coisa não durou dois meses... rs.

Os dois companheiros com quem morei, não me perguntavam onde fui, com quem estava, porque cheguei tal hora. Não me perguntavam o motivos de eu estar agindo assim ou assado em pequenas coisas, só nas coisas realmente importante. Acho isso tão libertador!  Simplesmente me deixavam livre, e sempre procurei retribuir da mesma maneira.

Duas mulheres com quem trabalho, fazem DR pelo telefone, durante o expediente e com todos ouvindo. São conversas daquelas que o casal só deve ter entre quatro paredes. Sinceramente não consigo entender algo assim. Fico com vergonha alheia.

Infelizmente não nos deparamos com DRs só nos relacionamentos amorosos. Volta e meia aparece uma amizade na minha vida que adora DRs de amizade. Affe!! Se dentro de um relacionamento romântico já acho um saco, imagina com amizade?! Normalmente são aqueles amigos que ficam te perguntando porque você está tratando ele dessa ou daquela maneira. Ou aquele amigo que se você some pelas contingências da vida, na primeira oportunidade te cobra presença, pergunta porque não ligou, porque não respondeu o email e tal. Nossa, não tenho a menor paciência para amizade assim, acho totalmente desnecessário.

Tenho três amigas de vida, tirando os de internet, que de uma certa maneira ficam separados na minha cabeça, já que separo bem minha vida virtual da vida cotidiana. Então essas três amigas ficaram na minha vida porque simplesmente não me cobram nada, nada, nada. A gente pode ficar semanas sem se ver, quando nos encontramos a conversa começa do ponto que parou sem nenhuma indagação tola. Elas são como eu, e por isso a coisa continua. Se uma precisar da outra a gente tá presente. Se uma sentir saudade da outra, procura, sem explicações, simples assim.

DRs, sejam do que jeito que for, prefiro evitá-las, mas se não der, que seja pelo menos suave na forma de abordar as questões.